msg 08 De: "Alberto Mesquita Filho" Data: 10/05/00 Luiz Ferraz Netto (Léo) escreveu: Léo: Alberto e Antonio emitiram suas interpretações (ou irradiaram, se for interpretar como ondas ). Realmente, não me convenceram. O que não deve ser julgado como 'muito estranho', graças à minha 'turronice' em Física. Alberto wrote now: Esta não é a conclusão final mas simplesmente o que seria esperado se a hipótese apresentada no parágrafo fosse verdadeira, qual seja, se o feixe de elétrons pudesse ser pensado como um feixe de "cargas elétricas" em movimento no interior de um trem a velocidade constante. A seguir, e a partir da falácia deste argumento, eu procuro concluir, no parágrafo seguinte, que o elétron não é semelhante a uma carga elétrica, embora gere efeitos que por algum motivo não estão se manifestando. Alberto wrote before: Estaria, então, a experiência citada, apta a demonstrar que o elétron NÃO tem carga elétrica, como eu sugiro pela minha teoria? À primeira vista, sim restando dizer que ele deve ter alguma outra coisa, digamos, algo do "gênero" elétrico, pois em outras condições essa outra coisa se manifesta, ainda que na experiência citada tenha ficado, de alguma maneira, escondida." Alberto wrote now: Nos demais parágrafos da msg citada, procurei mostrar porque o efeito não está se manifestando no caso do feixe, e concordo com você que o afastamento NÃO ocorre; mas, ao mesmo tempo, observo que, graças a explicação que dei, não existe força alguma entre dois elétrons viajando no espaço lado a lado. Ora, isto poderia levar o leitor do texto à conclusão que pela minha teoria (que é clássica, e portanto não poderia apelar para efeitos relativísticos de contração de espaço, ou algo equivalente) duas correntes paralelas e de mesmo sentido não sofreriam força alguma. E isto não é o que a experiência nos diz, pois a lei de Ampère retrata um resultado experimental (as correntes se atraem). A seguir falei, muito rapidamente, no terceiro campo (o campo de indução). Se o tema lhe desagradou, então vou simplificar (Será?). Na realidade, pela minha teoria existe apenas UM campo e não dois, e muito menos três. Este campo é escalar e muito parecido com o potencial elétrico da teoria de Maxwell, porém diferente em significado físico (não é uma grandeza "gauge" ou de calibre, mas tem um valor bem determinado em cada ponto, pois não há como escolher outro valor — o que é possível com os potenciais). Este campo escalar está associado ao que chamo "informação eletromagnética" ou "informação de giro", ou seja: o fluxo de informações identifica-se com o fluxo do gradiente deste campo escalar. Os efeitos elétrico, magnético ou de indução, a que um corpo de prova fica sujeito ao entrar nesse campo, relacionam -se a operações diferenciais relacionadaas a como as informações atingem a partícula elementar que sofre sua ação (pois a partícula não tem simetria esférica, mas cilíndrica). Perceba então que esta "trindade" é artificial e destinada apenas a classificar possíveis efeitos (os quais, efetivamente, manifestam-se na natureza como eletricidade, magnetismo e indução). É possível ainda, pela minha teoria, utilizar-se, logo de início, a convenção vetorial. Neste caso, o campo vetorial está intimamente relacionado com o campo escalar acima descrito e é muito parecido com o vetor potencial magnético da teoria de Maxwell, também com significado físico diferente pelo mesmo motivo apontado (não é um potencial no sentido em que se possa escolher arbitrariamente um valor de referência). Posteriormente procurei justificar a lei de Ampère observada em correntes elétricas, através da minha teoria. E utilizei-me do efeito indução como descrito em minha teoria. E, finalmente, conclui que SE os feixes forem muito "concentrados", não só NÃO haverá o afastamento, como você afirma baseado na experimentação com feixes "diluídos", como provavelmente ocorrerá exatamente o oposto, ou seja, os elétrons se aproximarão (parece-me que o Antonio chegou à mesma conclusão por outro caminho). Léo wrote: Noutra, não sei que instinto meu diz que algo está ferindo o princípio da inércia (como podem os elétrons criarem campos magnéticos que agem sobre eles mesmos?). Se uma carga em movimento criar campo magnético e esse campo agir sobre essa própria carga ... sei lá o que poderá acontecer com ela Também achei estranho este fato do ponto de vista eletromagnético. Se todos os elétrons do feixe estiverem na mesma velocidade, eles estarão em repouso entre si. Ora, pela teoria eletromagnética de Maxwell creio que, no referencial das "partículas coulombianas", não existe outro campo que não o elétrico (o campo magnético neste referencial é nulo). Parece-me estar faltando aí alguma consideração relativística a se sobrepor ao eletromagnetismo de Maxwell, e este, obviamente, não é o meu departamento. Acho viável, no entanto, a conclusão final (pelo mecanismo que expliquei acima), desde que a corrente seja realmente elevada, tanto para o feixe, quanto para a fita condutora. [ ]'sAlberto |