FRACIONAMENTO E REPOSIÇÃO CONSTANTE DE MASSA

frames Murilo Luciano Filho
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Existe uma evidente simplicidade no projeto FRCM Avalanchedrive, mas ela pode desaparecer e até ocorrer a incompreensão, se alguns detalhes forem ignorados.


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Inicialmente, são apresentadas 3 hipóteses de condução da lagarta, que é o corpo móvel principal e ativador do sistema FRCM Avalanchedrive. A chamada lagarta é um corpo articulado, estruturável por empilhamento e com peso longitudinal variável conforme seu estado; mostrado no desenho representativo da balança, onde aparecem, de cada lado, dois pesos iguais com alturas diferentes, em função do seu estado contraído ou expandido.

 

frcm2O arranjo A (figura à direita), mostra uma lagarta em queda derivada para a direita, a 90º, através da roda reversora. Pode-se inferir a viabilidade de que ela, expandida, flua toda para baixo nesta direção sob seu próprio peso, conduzida pelos trilhos. Observar a ação dos ganchos da roda, da carga pontual sobre no primeiro gancho de contato, o início de abertura externa da lagarta e o atraque das travas ao ser atingido o ângulo de abertura máximo, formando uma estrutura alongada triangular. Fica evidente que a velocidade de fuga da lagarta seja compensadamente maior do que a queda na coluna contraída. Esta velocidade surge naturalmente pela abertura dos vértices forçados em posição periférica. A possibilidade de comando da velocidade de fuga poderá ser exercida através de frenagem, por dispositivo adequado, colocado no eixo da roda.

figura 3
 

O arranjo B (figura à esquerda), quase similar a A, oferece escape a 135º. Dá para ser estimado que a coluna pesada oferece potencial e condição para que a lagarta, ou corrente, também flua, ou escape, com inércia bem importante, até que ocorra o equilíbrio ou se esgote o potencial acumulado. O aumento de velocidade também ocorrerá simultaneamente à expansão forçada da lagarta.frcm4

 
 
 

Agora em C (figura à direita), com uma trajetória a '180º' do ponto de reversão, a lagarta irá fluir igualmente e, em havendo condução suficiente, irá escorregar e subir até alcançar, pelos trilhos verticais, uma coluna tão alta quanto exija o equilíbrio.

Figura 5 
 
 
 

O diagrama completo (figura à esquerda) apenas insere no arranjo C uma outra reversão, sem comando e passiva, ao caminho da lagarta, repondo o potencial principal, já que ambas colunas e seus trilhos possuem a mesma altura.

Figura 6 
 
 
 

A foto ao lado mostra somente uma parte da lagarta referente a uma tentativa de protótipo. Observar as articulações repetitivas e as travas de armação das aberturas.

 

 

Figuras acrescentadas em Novembro de 2009
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FRACIONAMENTO E REPOSIÇÃO CONSTANTE DE MASSA – FRCM

DIVULGAÇÃO DE PEDIDO DE PATENTE DE INVENÇÃO

A patente relativa ao novo princípio denominado FRCM, baseia-se em recursos simples e óbvios, que poderiam ter sido enunciados e construídos há pelo menos 400 anos. Apenas três componentes são necessários ao funcionamento deste sistema: uma estrutura externa, com suportes, trilhos, rodas, esteiras, etc, que servem para a condução estável e previsível de uma peça, ou corpo especial, que acaba por se movimentar constante e espontaneamente pelos espaços livres do circuito, conforme designação do projeto, e sempre sob a estrita marcação do prumo vertical, de gravidade, considerado o terceiro componente básico e ativo.

O corpo especial móvel, uma cadeia de massas vinculadas, não muito satisfatoriamente chamado de lagarta, assemelha-se a uma carreira articulada, elíptica e sem-fim, ou a uma corrente de vértices e articulações em zigue-zague. Ela é desenhada para facilmente acompanhar e preencher os canais da pista, também elíptica ou oblonga, sem-fim, oferecidos pela estrutura externa, de forma fixa e organizada na seqüência adequada. A lagarta é um corpo que, devido a suas articulações simétricas e repetitivas, pode facilmente encolher-se e esticar-se à vontade, ou seja, aceita passivamente o comando para maior ou menor adensamento, com variação de peso no sentido longitudinal, em setores independentes e distintos por toda sua extensão. O conjunto da pista de condução, com canais e trilhos, mais a lagarta, possui quatro setores diferentes: duas curvas de 180 graus, sendo uma inferior e outra superior, mais duas colunas de alturas iguais, paralelas e também verticais. Para que haja movimento, em cada setor existe um estado de compactação e/ou de estrutura para a lagarta, que são: a coluna positiva, com canais mais largos e que formatam a lagarta com sua maior densidade e contração, sob a ação livre da gravidade — massa unificada —; a curva de reversão inferior, com rodas e outros recursos, para que a lagarta ao ali passar seja aberta, travada, empurrada e tenha a direção do seu movimento dirigida contra a gravidade, basculada para o lado oposto; a coluna negativa, por onde, com mais baixo perfil e menor peso longitudinal, a lagarta, liberada pelo seu menor peso, recebe um impulso de baixo para cima; e a reversão superior, outra roda — com o ponto zero — a partir do qual o alto da coluna positiva é realimentado, pelo escape do fluxo da lagarta, já sem qualquer resistência. É na reversão superior que acontece aquilo que é o mais sensacional no FRCM: a reposição da energia que foi “consumida” pela decomposição fractal do potencial disponível na base positiva; por uma ironia técnica, é esta, do ponto de vista mecânico, a parte mais simples, bem resolvida e passiva do conjunto. Ao contrário da roda de reversão inferior, que tem que ser atracada à lagarta para forçá-la, a superior porta apenas contra-recuo, travas e nenhum acionamento além daquele próprio da lagarta ao passar. Fica fácil, mesmo para um não especialista, entender o prodígio deste princípio. Ele consegue decompor um acúmulo de peso, preparado para a finalidade, e transformá-lo controladamente em movimento e força. Não se trata de nenhum milagre. O peso físico absoluto do corpo dinâmico, a lagarta, sempre estará lá, no circuito; como a sua distribuição é propositalmente desbalanceada, e sua massa tem o equilíbrio permanentemente sustado e crítico, ela fluirá sob seu próprio peso. As duas colunas são confrontadas em espaço equivalente, mas com relação de peso até quatro vezes maior. O arranjo confinado de variação das massas em desequilíbrio é tal, que, à lagarta “só resta mover-se”, fluir sob seu próprio peso, constantemente e com carga renovada. A diferença de massa é compensada pela velocidade, que, se deixada livre, acompanhará a proporção de peso, até com o risco de disparo. Um cálculo hipotético permite o seguinte balanço: peso total da lagarta 10, perdas gerais 2, resistência da coluna negativa 3, saldo positivo e ativo 5 – 3 = 2. A “sobra”, que na hipótese tanto poderá ser 2kg como 2000kg, dependendo da escala do modelo, sempre estará disponível para aproveitamento no eixo da roda de reversão inferior e sempre estará em movimento forçado — desbalanceadamente — alimentado pela força da gravidade. Neste conversor energético, a força gravitacional tem o mesmo papel que a força do vento ou da água, convencionalmente usados em geração de eletricidade. No caso acima exemplificado, o desbalanceamento foi de apenas 1 para 1,66 e como o desenho da lagarta o permite, ela se recolherá de volta sobre a coluna positiva com uma velocidade 1,66 vezes maior do que o avanço de queda do principal empilhamento positivo, que trabalha como se fosse mola comprimida. O autor acha que esta é uma idéia que terá que ser de domínio público. É muito grande, vital e de urgente merecimento para o nosso único planeta disponível. Ela esteve sempre por perto, pedindo para ser descoberta, e é grande demais para pertencer a quaisquer pessoas ou grupos, sejam quais forem. Surgiu, como se um desenho original muito antigo, deixado para trás, só agora tivesse sido encontrado; algo que a humanidade, numa era muito mais adequada, devia a si própria, comunitariamente. Milhares de novos desenhos e concepções serão feitos no futuro, com cada vez melhor aproveitamento, durabilidade e custo. O uso intensivo de peças metálicas reaproveitadas, sem reciclagem, tornará tudo muito econômico. Fica difícil dar-se outros nomes ao FRCM sem se atropelar tabus físicos antigos, e cômodos. Mas que estejam prontos para a reconsideração, urgente, porque, o “avalanchedrive” , esta nova patente, funciona e muito bem; ou, na pior das hipóteses, traz agora para as mãos da engenharia moderna a solução de um sonho. O inventor só espera pelos méritos de autoria e concepção.

Murilo Luciano Filho
m u r i l o @ i n s t r u m e n t i . c o m . b r
a v a l a n c h e d r i v e @ h o t m a i l . c o m
São Paulo, 24 / Julho / 2002

[texto completo do pedido de patente disponível, se solicitado]


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