msg54 From: "SMMT" Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 27 Sep 2000 19:58:54 +0100 > Einstein dizia que era impossível a um corpo acelerar até à velocidade > da luz. Estou enganado ou a velocidade só se pode medir num referencial? Sim , estás +- enganado. Mesmo em mecânica classica existe relatividade , a chamada Relatividade de Galileu E temos sempre 3 velocidades A velocidade do corpo em relação a um referencial , a velocidade do corpo em relação ao outro referencial e a velocidade de um referencial em relação ao outro. Imagina , um planeta , um cargueiro espacial e um caça de segurança o cargueiro move-se em relação ao planeta e o caça tb se move em relação ao planeta , alem disso o caça move-se em relação ao cargueiro. Ou seja : 3 velocidades. > Então esta velocidade é medida relativamente a quê? É medida em relação ao observador. > (esta questão é parecida com a da massa) Vejamos : Existe uma velocidade que se mede que é especial. É a velocidade relativa. É desta velocidade relativa que depende o factor gamma presente em todas as equações da relatividade .. em quase todas :-) Ora bem , no caso em que temos um corpo em movimento em relação a outro , por exemplo , o comboio em relação à estação , a nave espacial em relação à terra, uma partícula em relação ao local donde foi emitida , etc ... esta velocidade relativa coincide com a velocidade da partícula no outro referencial. Isto acontece num caso a dois corpos . Se for com 3 ou mais corpos , já não é obrigatória esta coincidência. A equação mais famosa da física, e tb a que menos gente entende, E = mc^2 diz que a energia total de uma partícula é directamente proporcional à massa da partícula. Mas aquele m é m = gamma * M E = gamma * M * c^2 Ora bem , à medida que a velocidade da partícula se aproxima de c , gamma começa a aumentar tanto que tente para infinito quando v tende para c ( podes fazer as contas .. e verás ...para 99% c , gamma = 7 para v = 99.9% , gamma =250250 .. etc .. ) ora como M e c^2 são invariantes então não podem contrariar este aumento e portanto E tente para infinito ou seja lim E = lim gamma * M * c^2 = M *c^2 *lim gamma = M* c^2 * oo = oo v -> c v->c v->c Bom , isto diz-nos que para que um corpo possa ser acelerado ( variada a sua velocidade ) até que a velocidade seja c , implica que a sua energia teria de ser infinita, ou seja, teria de "absorver" toda a energia do universo para o conseguir. Isto toma-se como impossível ( alguns diriam que "é obviamente impossível" , mas em ciência não se pode dizer isso.. deixo à tua consideração se é obvio ou não.. ) e dai que o Eisntein tenha dito que era impossível uma partícula acelerar até v=c. msg55 From: MCO Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 27 Sep 2000 20:55:13 +0100 Ainsi parlait oz le 27 Sep 2000 17:11:04 +0100: >Einstein dizia que era impossível a um corpo acelerar até à velocidade >da luz. Estou enganado ou a velocidade só se pode medir num referencial? >Então esta velocidade é medida relativamente a quê? Einstein tb disse que a velocidade da luz é a mesma em todos os referenciais A velocidade da luz é constante msg56 Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 27 Sep 2000 21:15:34 +0100 Organization: Netc.pt Subscriber > Einstein tb disse que a velocidade da luz é a mesma em todos os > referenciais > A velocidade da luz é constante Raios... se isto é verdade temos aqui um problema (risos). Se a velocidade da luz é a mesma em todos os referenciais vamos pensar nisto... Estamos no referencial em repouso, entao a velocidade da luz é cerca de 300 000 Km/h.S se o nosso referencial for um corpo a se deslocar a 50 Km/h , se a velocidade da luz é a mesma em relacao a todos os referenciais, neste caso é de 300 050 Km/h ? A velocidade da luz nao é constante, depende do meio ! msg57 From: Alberto Mesquita Filho Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 27 Sep 2000 22:05:10 +0100 "Marco Ferra" escreveu > "MCO" escreveu > > Einstein tb disse que a velocidade da luz é a mesma em > > todos os referenciais A velocidade da luz é constante Foi exatamente isso que eu tentei dizer com a seguinte argumentação: "Eu diria que a coisa é um pouquinho mais complicada. Segundo os postulados de Einstein, e em relação ao que poderíamos chamar, talvez impropriadamente, "referencial da luz", seria impossível qualquer corpo simplesmente acelerar, pois este "referencial" (ou a luz, como queira) permaneceria, em relação ao objeto considerado, sempre a uma "velocidade" constante e igual a c." > Raios... se isto é verdade temos aqui um problema (risos). Sim, temos um problema muito sério. E foi por isso que disse: Não há como entender o processo. Ou se aceita ou não se aceita. Ao aceitarmos optamos pela lógica matemática, deixando a lógica da natureza de lado. E é por isso que se diz que a relatividade de Einstein vai contra o senso comum. > Se a velocidade > da luz é a mesma em todos os referenciais vamos pensar > nisto... Estamos no referencial em repouso, entao a > velocidade da luz é cerca de 300 000 Km/h.S se o nosso > referencial for um corpo a se deslocar a 50 Km/h , se a > velocidade da luz é a mesma em relacao a todos os > referenciais, neste caso é de 300 050 Km/h ? Não!!! Ela será exatamente igual a 300 000 km/s (e não km/h). A lógica da matemática da relatividade é exatamente essa: c + v = c ainda no caso de v ser diferente de zero. Ou seja, na realidade velocidades relativísticas não se somam da maneira clássica e portanto c + v soa como algo sem sentido. Não procure entender o que não tem sentido físico. Ou aceitamos o que a experimentação nos mostra, ou concluímos que estamos interpretando a experiência de maneira errada. No primeiro caso, caímos no terreno do "non-sense" ou do sem sentido físico ou da relatividade restrita. No segundo, do racionalismo crítico. O que não podemos é aceitar os dados experimentais sem procurarmos por uma justificativa, ainda que absurda. Pois foi isso que Einstein fez: encontrou uma explicação que dá certo mas que é absurda, pois vai contra o senso comum. > A velocidade da luz nao é constante, depende do meio! Sim mas a constância universal admitida na relatividade refere-se a seu valor no vácuo. Em outro meio existiria o chamado retardamento quando a luz passa de um átomo a outro. O que se mede seria então um valor médio entre zero e c, ponderado pelo tempo de retardo (ou seja, o intervalo de tempo entre a recepção da luz por uma partícula e sua reemissão - e é este o fator que varia entre um meio e outro). Concordo totalmente com a estranheza. Não obstante, e para que este absurdo possa ser definitivamente deixado de lado, devemos explicar aquilo que aparentemente só tem sido explicado pela física moderna. É o que tento fazer em "O fenômeno luz e as falácias relativas às relatividades" ou então em "A Relatividade Galileana" [ ]'s Alberto msg58 Subject: Re: Velocidade da luz... From: "Luis Correia" Date: Thu, 05 Oct 2000 21:59:20 GMT Alberto Mesquita Filho wrote > "Marco Ferra" escreveu > Sim, temos um problema muito sério. E foi por isso que disse: > Não há como entender o processo. Ou se aceita ou não se > aceita. Ao aceitarmos optamos pela lógica matemática, > deixando a lógica da natureza de lado. E é por isso que se > diz que a relatividade de Einstein vai contra o senso comum. Só vai contra o senso comum porque nós vivemos a velocidades que pouco têm a ver com a da luz. Poucas partículas têm o «privilégio» de se aproximarem o suficiente para sentirem os efeitos da relatividade na própria pele. Têm uma massa própria muito pequena e/ou são aceleradas com grande gasto de energia. As «sensações» provocadas pela relatividade estão reservadas para algumas partículas elementares. Nós limitamo-nos a medir os seus efeitos, o que só por si é motivo de mais «estranhezas». > Concordo totalmente com a estranheza. Não obstante, e para > que este absurdo possa ser definitivamente deixado de lado, > devemos explicar aquilo que aparentemente só tem sido > explicado pela física moderna. É o que tento fazer em "O > fenômeno luz e as falácias relativas às relatividades" > ou então em "A Relatividade Galileana". Só após medirmos a velocidade da luz (experiência de Michelson-Morley) fizémos saltar a lebre. O próprio Einstein resistiu a algumas conclusões retiradas da sua teoria e viu com horror o aparecimento da Mecânica Quântica tal como Bohr e Planck. Luis Correia msg59 Subject: Re: Velocidade da luz... From: Alberto Mesquita Filho Date: Fri, 06 Oct 2000 10:53:24 GMT "Luis Correia" escreveu > Alberto Mesquita Filho wrote > > Sim, temos um problema muito sério. E foi por isso que disse: > > Não há como entender o processo. Ou se aceita ou não se > > aceita. Ao aceitarmos optamos pela lógica matemática, > > deixando a lógica da natureza de lado. E é por isso que se > > diz que a relatividade de Einstein vai contra o senso comum. > Só vai contra o senso comum porque nós vivemos a velocidades que > pouco têm a ver com a da luz. Historicamente falando a coisa não é bem assim. A relatividade foi reconhecida por seu construtor como indo contra o senso comum pois não havia, na época, nada em que se apoiar para defender seus argumentos a não ser interpretar, de maneira fantasiosa, determinados resultados experimentais e/ou a justificarem outras teorias. Com o passar do tempo, e tendo em vista que a matemática relativística conseguia fazer previsões que se confirmavam (e que também iam contra o senso comum) a comunidade científica passou a adotar o "consenso comum" e a aceitar o esquisito como certo, criando-se então o que poderíamos quando muito, chamar de "um novo senso comum". Não obstante, esse "novo senso comum" tem mais o caráter de um juizo a apoiar-se em hipóteses "aceitas" como verdadeiras, mas não numa observação sensível e direta. > Poucas partículas têm o «privilégio» de se aproximarem o suficiente > para sentirem os efeitos da relatividade na própria pele. Têm uma > massa própria muito pequena e/ou são aceleradas com grande gasto de > energia. As «sensações» provocadas pela relatividade estão reservadas > para algumas partículas elementares. Nós limitamo-nos a medir os seus > efeitos, o que só por si é motivo de mais «estranhezas». Com efeito. Para saber, no sentido primitivo em que o termo "senso comum" foi empregado, se, ao viajarmos a "velocidades relativísticas", a relatividade satisfará ou não o "nosso" senso comum, precisaríamos antes atingir estas velocidades e não meramente observarmos as partículas que o fazem. Não há como extrapolarmos para o nosso senso comum a "sensação" das partículas, se é que podemos utilizar, num mesmo contexto, a expressão "sensação" para as partículas. > Só após medirmos a velocidade da luz (experiência de Michelson-Morley) > fizémos saltar a lebre. Historicamente a coisa também não se deu assim. A experiência de Michelson-Morley é anterior (1887) à relatividade (1905) e destinava-se na época a comprovar a existência do éter e não a medir a velocidade da luz. Sabemos que esta experiência, por si só, ou ao lado de mais de 10 experiências similares, é muito mais compatível com outras teorias da época do que propriamente com a teoria da relatividade de Einstein. E Einstein também estava ciente deste fato, tanto que jamais em toda a sua vida admitiu que apoiou-se na experiência de Michelson-Morley para desenvolver a teoria da relatividade. Alguns chegam mesmo a duvidar que em 1905 ele tivesse conhecimento da experiência, enquanto outros afirmam que Einstein teria confidenciado a amigos que tinha conhecimento da mesma, ainda que não a considerasse importante para seu intento. Einstein procurou apoiar suas idéias na eletrodinâmica de Maxwell, explicando as equações de Lorentz com base no eletromagnetismo. Para os que não sabem, o trabalho de Einstein tem como título "A eletrodinâmica dos corpos em movimento". O tempo passou e o "consenso" triunfou (ou o tapete entrou em ação), tanto que afirma-se que a experiência de Michelson-Morley é fundamental para justificar a relatividade, o que mesmo hoje dista bastante da verdade. > O próprio Einstein resistiu a algumas conclusões retiradas da sua > teoria e viu com horror o aparecimento da Mecânica Quântica tal como > Bohr e Planck. Não acredito que Bohr, em alguma etapa de sua vida, tenha visto a Mecânica Quântica com horror, mas o que dizes sobre Einstein e Planck é verdadeiro. Ao que parece Bohr teria visto com horror o não encontro de uma saída lógica para a mecânica quântica, isso no início dos anos 20. Aliás, dizem que nesta época Heisenberg, terrivelmente chateado com a situação, estava prestes a abandonar a física para dedicar-se integralmente à filosofia, quando teve o insight que o levou ao princípio da incerteza. A partir daí tudo ficou claro para Heisenberg e Bohr e totalmente obscuro para nós :-)) Quase ao mesmo tempo Schrodinger chegou a sua equação. [ ]'s Alberto msg60 From: "JM Albuquerque" Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 27 Sep 2000 23:51:11 +0100 "Marco Ferra" <exosfera@netc.pt> wrote in message news:39d252fd$1@212.18.160.197... > > Einstein tb disse que a velocidade da luz é a mesma em todos os > > referenciais. A velocidade da luz é constante > Raios... se isto é verdade temos aqui um problema (risos). Se a velocidade > da luz é a mesma em todos os referenciais vamos pensar nisto... Estamos no > referencial em repouso, entao a velocidade da luz é cerca de 300 000 > Km/h.S se o nosso referencial for um corpo a se deslocar a 50 Km/h , se a > velocidade da luz é a mesma em relacao a todos os referenciais, neste caso > é de 300 050 Km/h ? A velocidade da luz nao é constante, depende do meio! Segundo a Teoria da Relatividade (que eu não gosto) a velocidade da luz no vácuo (o seu meio de propagação) é sempre constante e igual para todos os observadores e para todas as fontes emissoras de luz. Quando a fonte de luz se desloca, ou quando o observador se desloca, o que acontece é que a frequência da luz varia. Se a fonte de luz se afasta a frequência diminui (red-shift). Se a fonte de luz se aproxima a frequência aumenta (blue-shift) Se o observador se afasta a frequência diminui (red-shift). Se o observador se aproxima a frequência aumenta (blue-shift). A luz desloca-se num meio (vácuo, água, ar, etc). No vácuo a velocidade da luz é constante de acordo com a teoria de Einstein. De acordo com a mesma teoria A LUZ NÃO TEM NENHUM REFERÊNCIAL no qual se desloque. Pessoalmente já tive oportunidade de demonstrar com um exercício que a velocidade da luz não é independente da velocidade do observador, mas ninguém quis saber do facto no grupo sci.physics.relativity, porque não souberam responder. (Tal como aconteceu com o paradoxo dos três irmãos gémeos aqui no pt.ciencia.geral). Mas há boas notícias: Hoje já há razões muito fortes para duvidar da constância da velocidade da luz, do princípio da equivalência e da teoria do Big-Bang. As primeiras experiências levadas a cabo de uma forma DIRECTA no espaço, com aparelhos construídos pelo homem, mostrou que há inconsistências muito graves na teoria da relatividade e no Big-Bang. As sondas Pioneer 10, 11, Ulysses e Galileu apresentaram uma aceleração anormal (aparentemente aumentaram a sua velocidade quando se afastaram do sistema solar), cujo valor é precisamente igual à constante de Hubble. Como resposta a esta observação irrefutável a comunidade científica meteu a cabeça na areia e não quer ver a realidade. Já recolhi 17 papéis científicos sobre o assunto em http://xxx.lanl.gov/. Vamos dar uns anos para a poeira assentar e nas próximas gerações tudo será diferente. Cumprimentos, JM Albuquerque msg61 From: oz Newsgroups: pt.ciencia.geral Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 28 Sep 2000 13:45:42 +0100 > De acordo com a mesma teoria A LUZ NÃO TEM NENHUM REFERÊNCIAL no qual se > desloque. Então porque falamos em 'velocidade' da luz? Como se mede a velocidade da luz sem um referencial? msg62 From: "JM Albuquerque" Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 28 Sep 2000 15:06:30 +0100 "oz" wrote > > De acordo com a mesma teoria A LUZ NÃO TEM NENHUM REFERÊNCIAL no qual se > > desloque. > Então porque falamos em 'velocidade' da luz? Como se mede a velocidade da > luz sem um referencial? A luz desloca-se no éter, mas como a existência do éter não é reconhecida a luz não se desloca em referencial nenhum. Também não há nenhuma experiência para medir de uma forma directa a velocidade de luz. Num segundo a luz dá 8 voltas à Terra. Com uma velocidade destas como é que querias que fosse possível medir de uma forma directa a velocidade da luz? A velocidade da luz é sempre medida de uma forma indirecta, com base em fenómenos de interferência ou então matematicamente com base em fórmulas e experiências eléctricas ou magnéticas. Por isso é que andam sempre a afinar o valor da velocidade da luz. Cumprimentos, JM Albuquerque msg63 From: "Jaime Gaspar" Newsgroups: pt.ciencia.geral Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 28 Sep 2000 21:17:50 +0100 "JM Albuquerque" escreveu > Por isso é que andam sempre a afinar o valor da velocidade da luz. É impossível afinar o valor da velocidade da luz porque a definição de metro conduz - por definição, sublinho - a que c = 299 792 458,(0) m. Utilizo o (0) para mostrar que se trata de um valor infinitamente exacto, pois provém de uma definição e não de uma medição ou cálculo. Definição: 1 m é a distância percorrida pela luz no vazio no intervalo de tempo de 1/299 792 458 s: 1 m = c / 299 792 458 s Resolvendo a definição de metro em ordem a c, vem: c = 299 792 458 m/s Este valor é exacto. Cumprimentos, Jaime Gaspar ____________________________________________________________ Website do Grupo de Interesse do pt.ciencia.geral (GIpcg) www.gipcg.com msg64 From: "JM Albuquerque" Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 28 Sep 2000 23:56:21 +0100 "Jaime Gaspar" wrote: > "JM Albuquerque" escreveu: > > Por isso é que andam sempre a afinar o valor da velocidade da luz. > É impossível afinar o valor da velocidade da luz porque a definição de > metro conduz - por definição, sublinho - a que c = 299 792 458,(0) m. > Utilizo o (0) para mostrar que se trata de um valor infinitamente exacto, > pois provém de uma definição e não de uma medição ou cálculo. O que acontece é que a velocidade da luz já teve centenas de valores diferentes ao longo da história. Podes comprovar o facto nas tabelas existentes na página da internet que abaixo apresento: http://ldolphin.org/setterfield/report.html Tanto quanto julgo saber, um metro é o comprimento de uma barra de platina iridiada com a forma de "X" que está algures em Paris. Mas a velocidade da luz não tem só a ver com a definição de metro. A velocidade da luz tem a ver também com a definição de tempo, que foi alterada em 1967 com a introdução dos relógios atómicos. Cumprimentos, JM Albuquerque msg65 From: "Jaime Gaspar" Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 29 Sep 2000 14:05:52 +0100 "JM Albuquerque" escreveu > Tanto quanto julgo saber, um metro é o comprimento de uma barra de platina > iridiada com a forma de "X" que está algures em Paris. Essa definição foi abandonada. > Mas a velocidade da luz não tem só a ver com a definição de metro. A > velocidade da luz tem a ver também com a definição de tempo, que foi > alterada em 1967 com a introdução dos relógios atómicos. O metro é definido da seguinte forma: 1 m = c/299 792 458 s Sendo c a velocidade da luz no vazio. Cumprimentos, Jaime Gaspar ____________________________________________________________ Website do Grupo de Interesse do pt.ciencia.geral (GIpcg) www.gipcg.com msg66 From: "SMMT" Newsgroups: pt.ciencia.geral Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 29 Sep 2000 18:45:08 +0100 > Tanto quanto julgo saber, um metro é o comprimento de uma barra de platina > iridiada com a forma de "X" que está algures em Paris. Isso foi ha muito tempo. :-) > Mas a velocidade da luz não tem só a ver com a definição de metro. A > velocidade da luz tem a ver também com a definição de tempo, que foi > alterada em 1967 com a introdução dos relógios atómicos. ou seja, já não tem a ver :-) ============================ metro : distância percorrida pela luz no vácuo em 1/ 299792458 segundos segundo : tempo que decorre entre 9192631770 vibrações de ressonância de um átomo de césio 133. O quilograma é o único ainda definido com base em padrões materiais quilograma : Massa de um quilograma protótipo internacional , um cilindro de uma liga de platina e irídio. guardado neste momento num museu em frança ... não sei bem qual. a definição do metro pelo tempo deriva do postulado do Eisntein da constância da velocidade da luz. ( repare-se que o metro é definido em termos de tempo , ou seja , eles "não são" independentes ... ) A definição do quilograma ainda por um padrão material prende-se, basicamente, com a fraca compreensão da gravidade como força de interacção entre massas. msg67 From: "SMMT" Subject: Re: Velocidade da luz... Date: 29 Sep 2000 18:42:38 +0100 > > Por isso é que andam sempre a afinar o valor da velocidade da luz. > É impossível afinar o valor da velocidade da luz porque a definição de > metro conduz - por definição, sublinho - a que c = 299 792 458,(0) m. > Utilizo o (0) para mostrar que se trata de um valor infinitamente exacto, > pois provém de uma definição e não de uma medição ou cálculo. Caro, este valor é exacto por convenção. Este valor diz-se Convencionalmente Verdadeiro. ( e não "infinitamente exacto" :-) ) Ora, a convenção deriva exactamente do facto de não poder ser medida directamente e já terem havido demais valores para ela como diz o JM Em resumo, estás a dar-lhe razão :-))
|